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Desmatamento na Amazônia tem queda em janeiro, segundo Inpe

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Amazonas – Até 20 de janeiro de 2023, foram desmatados 98,2 km² da Amazônia, segundo dados parciais do Deter, sistema de alerta do Inpe (Instituto de Nacional de Pesquisas Espaciais). No mesmo período do ano passado, 321 km² do bioma amazônico já haviam sido derrubados.

A marca é a 3ª menor já registrada para os 20 primeiros dias de janeiro desde 2015, quando o levantamento passou a ser feito. As taxas só não são inferiores a 2017, com 49,5 km² de florestas desmatadas, e 2021, com 41,77 km².

Os números atuais devem subir até o fim do mês, quando forem atualizados os relatórios. No total, quase 430 km² foram desmatados na Amazônia durante o mês de janeiro de 2021.

Se analisado todo o 1º mês de 2017 e 2021, a devastação total chegou a 58,28 e 82,31 km², respectivamente.

PROJEÇÕES PARA 2023

De acordo com a projeção da PreviIA, plataforma de inteligência artificial desenvolvida pelo Imazon em parceria com a Microsoft e o Fundo Vale, se o desmatamento seguir o ritmo dos últimos 4 anos, vai chegar a 11.805 km² em 2023 –área equivalente a quase 10 vezes o tamanho da cidade do Rio de Janeiro (1.200 km²).

Das 803 áreas protegidas da Amazônia (terras indígenas, unidades de conservação e territórios quilombolas), 653 estão sob risco de devastação.

As unidades de conservação são as áreas mais ameaçadas, onde 1.357 km² de floresta correm risco de serem derrubados. Em seguida, estão as terras indígenas, com 433 km², e os territórios quilombolas, com 16 km².

Segundo a pesquisadora do Imazon, Bianca Santos, a instituição espera que a área desmatada em 2022 tenha sido “o último recorde” reportado pelo sistema de monitoramento, uma vez que o governo Lula “tem prometido dar prioridade” à preservação e proteção da Amazônia.

“Para que isso aconteça, é preciso que a gestão busque a máxima efetividade nas medidas de combate à devastação, como algumas já anunciadas: de volta da demarcação de terras indígenas, de reestruturação dos órgãos de fiscalização e de incentivo à geração de renda com a floresta em pé”, afirmou.

CM7