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‘Dama do tráfico’ convenceu CNJ a cobrar melhores condições de saúde para os presos em Manaus

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Brasil – A dama do tráfico amazonense, Luciane Barbosa Farias, esposa de Tio Patinhas, líder de facção criminosa no Amazonas, tem estado na vanguarda da defesa dos direitos dos detentos na região. No último mês, ela conseguiu persuadir o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a solicitar intervenção dos órgãos públicos locais para abordar as condições de saúde dos presos no estado, em meio à intensa fumaça que encobriu Manaus.

À frente da Associação Instituto Liberdade do Amazonas, Luciane enviou um documento ao CNJ, pedindo a remoção das chapas das celas, a reinstalação de ventiladores e o fim do racionamento de água nas prisões estaduais. Seu argumento central foi o impacto prejudicial à saúde dos detentos devido à fumaça proveniente das queimadas na região.

O CNJ, em resposta ao pedido, instou o Ministério Público do Amazonas (MP-AM) e a Defensoria Pública do Amazonas (DPE-AM) a tomarem medidas imediatas sobre a denúncia apresentada por Luciane.

Recentemente, o jornal O Estado de S.Paulo publicou uma matéria revelando as frequentes visitas de Luciane ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. A publicação a rotulou como a “dama do tráfico amazonense” devido ao casamento com Tio Patinhas, líder de uma facção criminosa na região, cumprindo pena de 31 anos no presídio de Tefé (AM).

Em comunicado, Luciane rejeitou a criminalização por ser esposa de um detento. Ela enfatizou que busca “espaços institucionais para apresentar a pauta de direitos fundamentais e humanos do sistema carcerário” por meio da Associação Instituto Liberdade Amazonas. O documento enviado ao CNJ é uma das ações em sua posição como presidente da entidade.

Saúde nos presídios 

Luciane, em 12 de outubro, destacou as condições críticas enfrentadas pelos detentos devido aos picos de calor e queimadas na região desde agosto. Em uma vistoria em maio, ela identificou problemas como calor intenso nas celas, aglomeração de pessoas e água morna não potável, resultando em desconforto abdominal entre os internos.

A líder também apontou o aumento de problemas respiratórios e doenças de pele devido ao calor excessivo e à péssima qualidade do ar nas prisões. O juiz Luis Geraldo Sant’Anna Lanfredi, coordenador do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário, pediu ação ao MP-AM e à DPE-AM, indicando graves violações de direitos fundamentais e requisitando informações sobre medidas adotadas no prazo de 15 dias.

Luciane afirmou em uma nota no Instagram que sua luta visa a dignidade e os direitos fundamentais de seu esposo e outros internos no sistema carcerário. Ela negou fazer parte de facção criminosa e está recorrendo da condenação.

Veja a nota na íntegra: 

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