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Após decisão do STF, Gilberto Gil revela aos 82 anos que usa m4conha desde a juventude

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Brasil – O cantor e compositor Gilberto Gil, que completa 82 anos nesta quarta-feira, 26 de junho, revelou em uma entrevista exclusiva para a revista Breeza, especializada no universo da cannabis, que utiliza maconha desde a juventude. A revelação coincide com a recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que formou maioria a favor da descriminalização do porte de maconha para uso próprio.

No bate-papo, o multi-instrumentista e ex-ministro da Cultura do Brasil no governo Lula, compartilhou sua experiência com a maconha e outras substâncias psicoativas. Gilberto Gil contou que durante a juventude experimentou diversas substâncias, motivado pelo desejo de explorar novos horizontes e se conectar com sua geração.

“Eu tinha vontades novas na vida, queria descobrir coisas, e para isso me juntava àqueles que praticavam coisas com as quais eu tinha um mínimo de identificação, de atração. Dentre os hábitos da minha geração, um deles era as experiências com expansores de estados de consciência, então eu acho que tava de acordo, compatível com um momento da vida, a minha idade, o meu impulso daquele momento”, afirmou Gil.

Além da cannabis, o cantor relatou suas experiências com o peiote, um cacto de origem mexicana com propriedades alucinógenas, ácido lisérgico (LSD) e ayahuasca. “Foi natural na minha vida que eu tivesse aqueles impulsos e desejos que me levavam àqueles hábitos e práticas. Durante muitos anos experimentei a cannabis, o peiote, o ácido lisérgico, a ayahuasca, experimentei vários transformadores, expansores de consciência porque, afinal de contas, estavam na pauta. Eram coisas pautadas pelo meu povo, pela minha geração, pelos meus iguais, pelos meus colegas”, contou.

Embora tenha revelado estar “cansado” da cannabis atualmente, Gilberto Gil garantiu que ainda faz uso da substância ocasionalmente. “É cada vez menos frequente. Eu não tenho nenhum impulso, nenhuma vontade de forçar os processos de transformação da realidade através de situações mentais porque não tenho vontade disso, não tenho mais. Não tenho inclusive energia suficiente pra isso. As transformações de estado de consciência através de substâncias… é uma exigência, pelo menos pra mim, pra minha pessoa e condição, é uma coisa de muita exigência física, exigência mental, então não tenho gosto, não tenho ímpeto e nem coragem pra fazer esses exercícios de expansão mental tão exigentes (risos)”, explicou.

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