Manaus – A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) deu mais detalhes, nesta terça-feira (5), sobre a prisão de Mayc Vinícius Teixeira Parede, 42, suspeito de matar o sargento da Polícia Militar do Amazonas (PM-AM), Elizeu da Paz de Souza. Conforme a PC, os dois homens eram muito amigos e tinham passado o dia anterior ao crime ingerindo bebidas alcoólicas juntos.
Elizeu foi executado enquanto estava em um carro por aplicativo, na madrugada de segunda-feira (4), na rua Comandante Waldir Bastos, no Conjunto Santos Dumont, na zona centro-oeste da cidade.
De acordo com informações da delegada Marília Campelo, adjunta da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Mayc utilizou a arma de fogo de Elizeu para cometer o crime e após a execução, se desfez do révolver.
“A filha de Elizeu relatou à polícia que a vítima confiava muito no Mayc e quando estava sob efeito de muito álcool, ele [Elizeu] confiva que a arma dele ficasse em posse de Mayc para que ele fizesse uma espécie de segurança”, explicou a delegada.
Ainda conforme a adjunta da DEHS, o motorista do carro por aplicativo é a outra testemunha do caso. “Dentro do carro por APP não houve qualquer discussão e nem no posto de combustíveis. A corrida por aplicativo foi solicitada no perfil da filha do Elizeu e era costume ele pedir que a jovem chamasse os carros por aplicativos para ele”, explicou a delegada.
O motorista contou à polícia que Elizeu sentou no carro do passageiro da frente e estava bastante falante durante a corrida. Já Mayc sentou no banco de trás e estava em silêncio durante o trajeto.
Quando o disparo aconteceu, Mayc chegou a dizer para o motorista que achava que o pneu do veículo havia furado. Porém, segundo a polícia, quando o motorista olho para o lado já viu Elizeu com o rosto caído e ensaguentado.
O condutor do carro também disse que Mayc teria lhe falado “me deixa aqui, me deixa aqui” e fugiu em seguida. A delegada Marília informou que existem imagens que mostram o momento da fuga de Mayc.
“A única pergunta que Mayc respondeu para a polícia foi negando a autoria do crime e, em seguida, permaneceu em silêncio”, disse.
A polícia também ouviu uma outra testemunha que relatou uma desavença que deixou suspeito e vítima afastados e estavam sem se falar há um tempo. Porém, retornaram a se falar a algum tempo.
“Nós temos dez dias para a gente ouvir mais pessoas e tentar determinar essa motivação. Porém, há indícios suficientes de autoria de Mayc, não temos dúvida de quem estava com a vítima, com a arma e de quem fugiu do local”, concluiu a delegada.
Tanto Mayc como Elizeu são réus na morte do engenheiro Flávio Rodrigues dos Santos em setembro de 2019, em Manaus.
Fonte: D24am.