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Caso Débora: bebê foi arr4nc4do da barriga com uma f4ca e jogado no rio

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Manaus – Gil Romero Machado Batista, confessou em depoimento que o bebê da jovem Debora da Silva Alves,18, também está morto. O homem, que era o pai da criança, informou que a mãe do bebê foi morta, teve a barriga cortada com uma faca de cozinha e depois foi queimada. O corpo do pequeno Arthur Vinicius foi colocado dentro de um saco, diversos pedaços de ferro foram colocados dentro e o corpo foi jogado no meio do rio.

Gil Romero foi até o porto da Ceasa com o corpo do bebê no saco, fretou um barco, quando foi questionado sobre o que tinha no saco ele disse que era entulho. Em seguida, ele jogou o corpo no meio do rio.

Ana Julia Ribeiro, mulher de Gil Romero Machado Batista, 44, foi presa, na manhã desta quinta-feira (10), suspeita de envolvimento na morte da jovem grávida.

Gil Romero já foi preso na terça-feira (8), no Distrito de Apolinário, Comunidade rural de Curuá, Baixo e Médio Amazonas, no oeste do Pará. O homem é o pai que a vítima esperava e confessou o crime dizendo que ofereceu um valor de R$ 500 para a jovem receber um ‘corretivo’.

O delegado Ricardo Cunha, titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), disse que Gil Romero sempre a pareceu frio em relação ao crime dizendo que apenas queria dar um corretivo na jovem.

“O Gil Romero de forma sorrateira, utilizou de uma faca de pão para fazer esse prato e depois pegou esse saco de estova. Ele voltou a trabalhar até 6h e depois voltou para se desfazer do feto. Ele diz que Ana Júlia não tem participação no crime e só avisou a ela que tinha cometido algo horrível. Nesse primeiro momento não estamos vendo grandes participações da Ana Júlia”, disse o delegado.

De acordo com a delegada Déborah Barreiras, adjunta da DEHS, um acareação entre os suspeito revelou mais detalhes sobre o crime.

“Foi feita uma acareação entre o Nego e o Gil Romero. Eles contam que eles sempre faziam esses furtos no galpão, sempre iam lá na madrugada. O José Nilson foi levado ao local com uma terceira pessoa pra cometer os furtos. O Gil Romero atraiu a Débora para tratar sobre a paternidade e dentro do carro já na usina eles começaram a discutir”, disse a delegada.

Ainda segundo a polícia, Gil Romero disse que Debora já estava “demais”, que ele tinha pagado 500 pra ela e a jovem continuava pedindo que ela assumisse a paternidade. Gil então agrediu a vítima e deois chamou Nego perguntando se ele garantia matar a vítima.

Dinâmica do crime

Gil usou uma corda para asfixiar Débora que ainda tentou se defender. Nego pisou no peito dela. Depois da morte da jovem, o corpo foi colocado no tonel, depois colocado fogo e jogado na área de mata.

Ainda segundo a delegada Déborah, Gil Romero disse que se preocupou caso encontrassem o corpo e descobrissem que era a grávida desaparecida por causa do bebê.

Então, o pai do bebê pegou uma faca de cortar pão, foi até a área de mata, abriu o tonel, retirou o corpo e tirou o bebê. O corpo da criança foi colocado em um saco de estopa junto com barras de ferro.

Após o crime, Gil Romero foi até o porto da Ceasa, pegou um barco com um catraieiro e atravessou o rio até o município de Careiro. Lá, o homem jogou o corpo do bebê no rio.

Terceira pessoa e participação de Ana Júlia

A polícia sabe que existe uma terceira pessoa envolvida no crime indentificada apenas como “Nóia”. Ele estava na usina fazendo furto dos cabos. Gil Romero diz que ele era uma testemunha que estava lá no dia do crime e viu parte do crime. Mas ainda será investigado se ele participou efetivamente.

“Não temos a comprovação da participação da Ana Júlia. Ela não acreditava que Gil Romero tivesse sido capaz de matar a jovem. Ela só ficou sabendo o que estava acontecendo após a repercussão do caso na imprensa.

De acordo com o delgado Ricardo Cunha, a Ana Júlia só nós chamou atenção após a prisão do Nego porque ela sumiu e começou a se comportar de maneira estranha.

“Analisando o depoimento dela inicial descobrimos que ela mentiu. Com todas essas informações, representamos por sua prisão. Não tivemos tempo de aprofundar ainda. Mas no primeiro depoimento dela notamos uma certa frieza e não concordando que os famílias da vítima estão acusando o marido dela”

Ana Júlia se apresentou com o advogado e informou as questões dos veículos que sumiram no dia do crime da casa dela.

Procedimentos

A polícia ainda está avaliando e espera a perícia do Instituto Médico Legal (IML). Porém, os suspeitos responderão por feminicídio, aborto e ocultação de cadáver.

Uma reunião será realizada com os peritos para ser oficializado tudo que foi encontrado nos laudos para configurar a materialidade dos crimes

Resgate do corpo do bebê

A polícia acha muito difícil fazer o resgate do corpo do pequeno Arthur Vinicius devido a localidade onde foi jogado.

Fonte: D24am.