Brasil – Na manhã desta terça-feira (21), a Polícia Civil realiza a operação Rota no Rio, que visa desarticular uma estrutura criminosa de fornecimento de drogas no atacado ligada ao Comando Vermelho (CV) no Rio de Janeiro, que atuava com conjunto com uma facção do Amazonas.
As investigações apontam que o material saído do AM para o RJ era comercializado tanto em comunidades quanto no asfalto. As investigações apuraram que, em um período de dois anos, a organização movimentou cerca de R$ 30 milhões. Entre os investigados dessa operação, está o ex-prefeito do município amazonense de Anamã, Raimundo Chico. Ele é investigado por suspeita de associação ao CV.
A Operação Rota do Rio, da qual Raimundo Chico foi alvo, está cumprindo 99 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, Amazonas, Minas Gerais e Pará. Os mandados miram pessoas físicas e jurídicas apontadas como integrantes ou associados a um dos braços operacionais e financeiros do Comando Vermelho.
O ex-prefeito foi cassado as investigações da Polícia Civil do Rio de Janeiro, lavava dinheiro para o Comando Vermelho, usava dinheiro do tráfico em suas campanhas eleitorais e tinha participação direta nos negócios da facção no município.
A Polícia Civil descobriu que o Comando Vermelho usava um frigorífico de Raimundo Chico para fazer pagamentos e movimentar o dinheiro do tráfico. Raimundo Chico foi prefeito de Anamã duas vezes, uma pelo PCdoB, em 2012, e a outra pelo MDB, em 2016. No último pleito em que concorreu, teve sua candidatura cassada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder econômico. Apesar de inelegível por dez anos, o ex-prefeito ainda tem um cargo de “diretor” na prefeitura de Anamã.
CM7