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Tenente-coronel do Exército recebia mesada para ajudar garimpeiros, diz PF

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Manaus – Militares estão entre os suspeitos que recebiam dinheiro de empresa de exportação de ouro de garimpo ilegal no município de Japurá (a 744 quilômetros a noroeste de Manaus). De acordo com a Polícia Federal (PF), um dos investigados é o tenente-coronel do Exército, Abimael Alves Pinto e a mulher dele, além de Bruna Souza da Costa, que está foragida. A PF cumpriu três mandados de prisão preventiva e oito ordens judiciais de busca e apreensão em  Manaus, Porto Velho (RO) e Ponta Grossa (PR).

De acordo com o delegado da PF Adriano Sombra, a investigação iniciou em 2020 a partir da prisão em flagrante de duas pessoas na cidade de Ji-Paraná (RO) e  com a apreensão dos aparelhos telefônicos em posse dos flagranteados, foram constatados indícios de extensa rede de exploração ilegal de garimpo na região de Japurá.

“O celular dele foi apreendido e foi possível saber a existência de uma organização criminosa que se instalou na cidade de Japurá no Amazonas. As investigações conseguiram visualizar que existia um militar que estava repassando informações tanto da PF como de operações conjuntas. A região de Japurá é de difícil acesso, para chegar lá é necessário forte empenho. Quando conseguimos de fato ir, ainda existe pessoas colocando em risco tanto a segurança dos integrantes da equipe como da operação”, explicou o delegado.

O militar integrou o posto de subcomandante do Batalhão de Infantaria de Selva (BIS), em Manaus e recebia  mesadas que variavam de R$ 30 mil a  R$ 100 mil dos garimpeiros  para repassar as informações de operações e prejudicar as ações das forças policiais e colocar em risco o efetivo, disse o deçegado.  O dinheiro caiu na conta da empresa da mulher dele, também alvo da operação. Além dele, outros militares são investigado por participação no crime.

De acordo com a PF, a operação visa combate crimes contra o meio ambiente e a União, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A PF apontou crime ambiental de extração de bem mineral sem autorização do órgão responsável, operar instituição financeira sem autorização, crime ambiental de utilização de substância perigosa ou nociva à saúde ou ao meio ambiente (mercúrio/cianeto), organização criminosa e lavagem de capitais.

A defesa do militar negou a participação dele e disse que as acusações são injustas.

Fonte: D24am.