Política – Na última sexta-feira (14), durante a Conferência Global Anti-Apartheid pela Palestina, realizada em Joanesburgo, África do Sul, o deputado federal João Daniel (PT-SE) foi flagrado em um encontro com Basem Naim, uma proeminente liderança do movimento Hamas, considerado terrorista por alguns países.
O encontro, registrado pelo parlamentar em suas redes sociais, mostra João Daniel no centro da foto, trajando um paletó marrom e gravata vermelha, ao lado de Naim, vestindo um traje azul-marinho e óculos. O momento gerou controvérsia devido à associação de João Daniel com uma figura ligada a um grupo rotulado como terrorista.
Além disso, o evento também contou com a presença de Sayid Tenório, identificado como apoiador do Hamas e ex-assessor do deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA). Tenório já esteve envolvido em polêmicas, como o seu comportamento após ataques extremistas em Israel, onde zombou de uma mulher prisioneira dos radicais.
Este não é o primeiro incidente de conexões controversas de Tenório, que já foi fotografado ao lado de membros do governo Lula, incluindo o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o presidente da Fundação Palmares, João Jorge Rodrigues.
Líder do Hamas
Em março deste ano, Naim gravou um vídeo para o Partido da Causa Operária, no qual agradeceu ao presidente Lula por manifestar apoio aos palestinos. “Hoje, estou falando para a audiência dessa conferência em um dos maiores Estados, de um dos maiores países do mundo, uma nação em ascensão, Brasil, que é um país amigo dos palestinos, apoiador da causa palestina”, disse Naim.
“Estamos muito honrados por todas as declarações recentes dos funcionários do governo, particularmente as declarações do presidente Lula sobre seu compromisso e sua postura corajosa de apoiar a causa palestina e, especificamente, exigir um cessar-fogo para parar essa agressão contra nosso povo.”
Em 18 de fevereiro, Lula comparou a operação militar de Israel na Faixa de Gaza com o extermínio de judeus realizado pelo ditador Adolf Hitler na Alemanha nazista. Ao falar com jornalistas em Adis Abeba, na Etiópia, o presidente voltou a dizer que os palestinos estão sendo alvo de um “genocídio”.
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