Brasil – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reafirmou sua posição sobre a crise política na Venezuela durante uma entrevista concedida na sexta-feira (6/9). Ao ser questionado sobre a reeleição de Nicolás Maduro, que obteve 51,2% dos votos segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano, Lula foi categórico ao afirmar que ainda não reconhece Maduro como presidente legítimo. Ele também cobrou o levantamento dos ticket de votação na Venezuela para garantir mais transparência e confiabilidade do pleito Venezuelano.
Veja vídeo:
“O comportamento de Maduro deixa muito a desejar. Aqui no Brasil, aprendemos a fazer democracia com muito sofrimento, e a eleição precisa ser limpa e confiável”, disse o presidente brasileiro. Lula também cobrou que o líder venezuelano “prove que é o preferido do povo”, sugerindo que a falta de confiança no processo eleitoral atual impede esse reconhecimento.
Apesar das críticas, Lula ressaltou que o Brasil, junto com Colômbia e México, não pretende romper relações diplomáticas com a Venezuela. Ele defendeu a necessidade de novas eleições no país, como uma solução para a crise política, e reforçou que “só uma nova eleição pode resolver isso”.
Durante a entrevista, Lula também comparou a situação venezuelana com a crise no Brasil após as eleições de 2022. “Quando o extremista não aceita o resultado, cria esse tipo de problema. Bolsonaro ficou trancado chorando por um mês após a derrota e foi embora para os Estados Unidos, deixando o país em caos”, disse Lula, fazendo uma analogia com o comportamento de Jair Bolsonaro.
A fala do presidente gerou debates nas redes sociais, com apoiadores e críticos discutindo a postura de Lula em relação ao governo de Maduro e à necessidade de reformas no sistema eleitoral venezuelano. O vídeo da entrevista já está circulando amplamente e reforça a pressão internacional por uma solução democrática para a Venezuela.
CM7